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Por: Gutemberg Stolze
26/02/2015 - 15:04:39

O governo conseguiu na Justiça a liberação das rodovias federais em 11 estados. Porém, nesta quinta-feira (26), os caminhoneiros mantêm bloqueios em sete deles: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Sindicatos e associações aceitaram os termos do acordo proposto pelo governo na noite desta quarta-feira para acabar com os bloqueios. Entre os pontos do acordo está a sanção integral da Lei do Caminhoneiro, que regulamenta a profissão de motorista, e o compromisso da Petrobras de que o diesel não sofrerá reajuste nos próximos seis meses. 

Entretanto, o acordo não contou com o apoio de Ivar Luiz Schmidt, que se diz representante do Comando Nacional do Transporte, que segundo ele é responsável por cerca de 100 bloqueios nas estradas. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta que a proposta do governo teve "boa recepção" da categoria, apesar da continuidade dos bloqueios em alguns estados. "Esse conjunto de propostas foi divulgado e a gente tem visto que elas têm tido uma boa recepção [dos caminhoneiros]. Agora, aguardamos."

Ao todo, oito estados registram protestos. A categoria critica aumento do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos frentes, que considera baixo.

Decisões judiciais
Divulgadas entre terça e quarta-feira, decisões judiciais impedem os motoristas de fecharem todas as rodovias federais de Minas GeraisBahiaMato Grosso do SulMato GrossoSão Paulo e Ceará, e em 14 municípios de outros cinco estados; ParanáGoiásTocantinsRio Grande do Sul e Santa Catarina.

Como as determinações se referem apenas às rodovias federais, em alguns estados os caminhoneiros têm mantido fechados trechos de estradas estaduais. Há ainda manifestantes que decidiram continuar parados alegando que não foram notificados ou que o grupo que fechou acordo com o governo nesta quarta-feira (25) não tem legitimidade. A liderança do movimento não é centralizada.

CE

Caminhoneiros chegaram a ocupar a BR-116 nesta quinta-feira (26) a partir do km 15. O trecho foi liberado no fim da manhã após os motoristas serem notificados pela Justiça Federal no Ceará, que determinou a desobstrução da via.

O protesto na BR-116 começou na terça-feira. Os motoristas haviam deixado a via pacificamente por volta das 21h30 de quarta, mas voltaram na manhã desta quinta. Policiais rodoviários organizam o tráfego no local. O trecho que estava parcialmente bloqueado é um dos principais acessos à capital cearense.

GO
Caminhoneiros bloquearam o tráfego nos dois sentidos da BR-364 em Mineiros, nos sudoeste de Goiás. O ato começou por volta das 8h30, no km 297, e foi suspenso por volta das 11h. No início da tarde, manifestantes retomaram o protesto. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes liberaram a passagem de carros de passeio, veículos de emergência, motocicletas, ônibus e veículos transportando cargas perecíveis.

SC
Os caminhoneiros continuam com bloqueios nas rodovias catarinenses no nono dia de protestos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar Rodoviária (PMR), os manifestantes estavam em 22 pontos até as 10h desta quinta-feira (26).

Diumar Bueno, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) participou da reunião de negociação com o governo e recomenda que os motoristas de Santa Catarina voltem ao trabalho, mas diz que não sabe se isso vai acontecer. “Nós não temos condição de garantir isso [fim dos bloqueios], porque o movimento foi levantado de forma independente pelos caminhoneiros.”

Cirurgias foram canceladas em dois hospitais do oeste do estado por falta de medicamentos, que não chegaram devido à falta de transporte. Segundo o Sindicato dos Postos de Chapecó, também no oeste, falta gasolina em 90% dos postos de combustíveis da região. A coleta de leite foi suspensa e algumas indústrias pararam a produção.

PR
Na tarde desta quarta-feira, a Justiça Federal proibiu a interdição de todas as estradas federais na região de Curitiba. Ainda assim, na manhã desta quinta-feira, havia bloqueios em aproximadamente 50 trechos em mais de 30 rodovias.

No sudoeste do Paraná, há interdições totais em trechos da PRC-280, em Marmeleiro e Mariópolis. Na maioria das vias, apenas os veículos de carga, com exceção dos com cargas vivas, são impedidos de seguir viagem. Para os automóveis, a liberação é feita a cada meia hora.

Com os veículos parados nas estradas, os protestos começam a refletir em vários setores da economia do estado. Em várias cidades faltam combustíveis, alimentos e medicamentos. Indústrias e frigoríficos também tiveram que suspender as atividades por falta de matéria-prima e, em alguns casos, de embalagens.

Sem alternativas de desvio para seguir viagem, cargas de alimentos e insumos estão estragando em vários pontos de bloqueio nas estradas do sul do país. Fornecedores de frutas reclamam ainda de saques de cargas nas barreiras.

O porto de Paranaguá, principal terminal de exportação de produtos agrícolas do país, ficou praticamente vazio, e as exportações começaram a ficar comprometidas. Dos 1.600 caminhões previstos para descarregar na quarta, apenas 255 chegaram. Nesta quinta, até as 9h40, havia 28 veículos no pátio.

No oeste e no sudoeste do Paraná, indústrias suspenderam a coleta de leite e o abate de aves.

RS

Pelo quarto dia, o protesto da categoria segue causando bloqueios em rodovias federais e estaduais no Rio Grande do Sul. De acordo com um levantamento das polícias rodoviárias, as interrupções ao trânsito afetam cerca de 40 rodovias estaduais e federais, em quase 70 trechos, na manhã desta quinta-feira (26).

Em Três Cachoeiras, no Litoral Norte do estado, a notificação para que os caminhoneiros liberem a BR-101 terminou em confusão. Parte dos motoristas não quis cumprir a decisão judicial determinando a desobstrução da rodovia e pelo menos uma pessoa foi presa. Segundo a PRF, já há movimentação de para liberar o trecho, que chegou a reunir mais de 2 mil veículos parados.

A paralisação dos caminhoneiros já afeta diversos setores produtivos no estado. Indústrias de laticínios e frigoríficos, por exemplo, estão com produção reduzida por falta de matéria-prima e já contabilizam prejuízos. Caso a circulação de mercadorias não seja normalizada, os supermercados afirmam que podem faltar produtos nas prateleiras.

MS

As rodovias de Mato Grosso do Sul voltaram a ter nesta quinta-feira pontos interditados por caminhoneiros. Eles se concentram na BR-163, em São Gabriel do Oeste, Dourados e em Campo Grande, e na BR-463, em Ponta Porã.

Nos bloqueios, é impedida somente a passagem de caminhões. Carros de passeio, veículos de emergência e com carga viva e ônibus estão liberados. A exceção, nesta manhã, é em São Gabriel do Oeste. Lá, de acordo com a PRF, veículos com carga perecível e pequenos só passam a cada 30 minutos. A manifestação no estado teve início.

Sindicatos e associações aceitaram os termos do acordo proposto pelo governo na noite desta quarta-feira para acabar com os bloqueios. Entre os pontos do acordo está a sanção integral da Lei do Caminhoneiro, que regulamenta a profissão de motorista, e o compromisso da Petrobras de que o diesel não sofrerá reajuste nos próximos seis meses. 

Entretanto, o acordo não contou com o apoio de Ivar Luiz Schmidt, que se diz representante do Comando Nacional do Transporte, que segundo ele é responsável por cerca de 100 bloqueios nas estradas. 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta que a proposta do governo teve "boa recepção" da categoria, apesar da continuidade dos bloqueios em alguns estados. "Esse conjunto de propostas foi divulgado e a gente tem visto que elas têm tido uma boa recepção [dos caminhoneiros]. Agora, aguardamos."

Ao todo, oito estados registram protestos. A categoria critica aumento do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos frentes, que considera baixo.

 

Por gutemberg Stolze - imprensananet.com

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