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Por: Gutemberg Stolze
12/10/2021 - 19:19:00

 

 

A postagem da Srª Aline Santana, moradora de Eunápolis, chamou a atenção da redação do Imprensananet.com, no texto de escrita ‘desconhecida’, uma reflexão sobre o passado recente, leva nos a refletir. Leia e veja se você se identifica com o texto assim como a ex-aluna do Colégio Cleriston Andrade, a servidora pública estadual, a Srª Aline Santana.

 

Colégio Clériston Andrade

 

No meus tempos de escola, o UNIFORME era comprado, se chegássemos atrasados não entrava, naquela época não tínhamos telefone, éramos acostumados a usar o famoso ORELHÃO. As pesquisas eram na biblioteca da escola, lembro como era divertido ir até a biblioteca, andando e contando histórias com os amigos.

 

 

 

Depois de pesquisar, o trabalho era escrito a mão, na folha de papel almaço, a capa era feita em papel sulfite (com todo capricho), os livros eram encapados com o que tinha na frente (Risos), até mesmo com sacola de arroz, o importante era cuidar do nosso amiguinho (Risos).

 

 

 

Naquela época tínhamos dever de casa, as aulas de EDUCAÇÃO FÍSICA era a mais esperada por todos! E como era esperada! Na escola tinha o GORDO, o  MAGRELO, o ZOREIA, o QUATROZÓIO, o CABEÇÃO,  o BAIXINHO, o OLÍVIA PALITO e o NEGÃO, tinha vários outros apelidos ótimos também e nada disso era uma ofensa.

 

 

 

Todo mundo era zoado, às vezes até brigávamos, mas logo estava tudo resolvido e seguia a amizade, era brincadeira e ninguém se queixava de BULLYING. Existia o VALENTÃO e a VALENTONA, mas também existia quem nos DEFENDESSE (Risos). E a MERENDA... ah, o arroz com carne moída, macarronada, galinhada, sopas, o macarrão com carne moída era uma delícia. Tinha também o pão com patê, dava até briga para conseguir outro (Risos), a fila era gigante, gigante mesmo, e mesmo assim a gente repetia 2, 3 vezes.

 

 

 

A rede social da época eram os cadernos de pergunta e resposta que circulavam pela sala para contarmos sobre nós e também sabermos um pouco mais um dos outros. Íamos para a escola a pé, na saída, adorávamos quando alguém fazia aniversário, era a hora do OVO com FARINHA de TRIGO, ou o que tinha pela frente.

 

 

 

Final de ano, não víamos a hora de acabarem as aulas, para que os colegas escrevessem nas nossas camisetas e guardarmos de recordação. A frase "PERAÍ MÃE" era para ficarmos mais tempo na rua e não no COMPUTADOR ou no CELULAR como hoje. Como diversão, colecionávamos FIGURINHAS, SELOS, PAPEL DE CARTA, CARTÃO DE ORELHÃO.

 

 

 

Comíamos pelo meio da rua, bebíamos água da torneira do vizinho, as moedas que ganhávamos do troco do mercado era guardada para comprar geladinho na tia da esquina, andávamos descalços e vivíamos no sol sem protetor. Não importava se nossos amigos eram NEGROS, BRANCOS, PARDOS, RICOS, POBRES, MENINOS ou MENINAS, todo mundo brincava junto e como era bom. Bom não, era MARAVILHOSO.

 

 

 

Filmes, só assistíamos na TV e não víamos a hora de passar a sessão da tarde. EDUCAÇÃO era em casa, até porque, ai da gente se a mãe tivesse que ir à escola por aprontarmos. E na escola o nosso maior medo era assinar o temido LIVRO NEGRO, nada de chegar em casa com algo que não era nosso, desrespeitar alguém mais velho ou se meter em alguma conversa.

 

 

 

Fico mim perguntando, QUANDO FOI QUE TUDO MUDOU, os valores se perderam e se inverteram de uma forma tão brusca? Quantas saudades, quantos valores, que, para esta geração não valem nada. Me deu saudades daquela época, eramos felizes e sabíamos. Como é bom relembrar do antigo Colégio Estadual Drº Clériston Andrade!

 

 

Fonte: Aline Santana

Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com

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