Javier Milei assumiu oficialmente a Presidência da Argentina neste domingo, 10, em cerimônia realizada no Congresso Nacional em Buenos Aires. A transição de poder foi marcada pela entrega da faixa presidencial e do bastão pelo ex-presidente Alberto Fernández a Milei. Victoria Villarruel também foi empossada como vice-presidente, sucedendo Cristina Kirchner.
Imediatamente após sua posse, o novo presidente Milei tomou sua primeira decisão ao reduzir o número de ministérios pela metade, eliminando pastas como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho. Esta medida faz parte do seu compromisso de campanha que era de reduzir drasticamente os gastos públicos.
Milei discursou na escadaria do Palácio Legislativo, enfatizando o desafiador cenário econômico que o país enfrenta e prometendo um “ajuste e choque” para combater a inflação e iniciar a reconstrução da nação. “Hoje enterramos décadas de fracasso”, declarou Milei, enfatizando que nenhum governo anterior havia recebido uma herança tão adversa.
A cerimônia de posse incluiu o juramento perante a assembleia, o empossamento dos ministros na Casa Rosada e uma cerimônia religiosa na Catedral Metropolitana de Buenos Aires. Milei, conhecido por sua postura ultraliberal, derrotou o candidato peronista Sergio Massa nas eleições, marcando uma mudança significativa na política argentina.
A ausência do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia chamou a atenção, devido às tensões anteriores entre ele e Milei. Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro marcou presença, recebendo honras de Chefe de Estado. Líderes internacionais como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o rei da Espanha, Filipe VI, também estiveram presentes.
Milei enfrenta o desafio de administrar uma economia em crise, com inflação elevada e um PIB em declínio, além da dívida substancial com o FMI. Suas políticas e decisões serão cruciais para o futuro da Argentina em um momento de incertezas econômicas.