A proposta sindical de adicionar uma folga fixa mensal, além das folgas habituais, para os trabalhadores de bares, hotéis e restaurantes levanta sérias preocupações sobre os impactos financeiros para os empresários do setor. Atualmente, as empresas já enfrentam desafios, pagando por 26 dias de trabalho e usufruindo apenas de 24 a 25 dias por mês, resultando em uma perda anual de 12 a 13 dias de trabalho.
Com a adição de um domingo fixo ao mês, as implicações se tornam ainda mais significativas. Empresários, que já lidam com custos fixos adicionais, como 13º salário e substituição temporária durante férias, enfrentarão uma perda adicional de 12 dias de trabalho anuais. Em resumo, ao contratar por 26 dias, receberiam efetivamente apenas 23 dias de trabalho por mês.
A proposta, embora possa beneficiar os trabalhadores com mais tempo livre, coloca um ônus substancial sobre as empresas. Além dos custos diretos, como salários e encargos, as responsabilidades adicionais, como estabilidade por gravidez e riscos de acidentes no trajeto ao trabalho, pesam exclusivamente sobre os empregadores.
É evidente que a proposta, se implementada, desequilibraria ainda mais a relação entre custos e benefícios para as empresas, sem oferecer contrapartidas significativas. A análise cuidadosa dos impactos financeiros, considerando não apenas os custos salariais, mas também as obrigações adicionais, é crucial para avaliar a viabilidade e sustentabilidade dessa proposta no contexto específico do setor de bares, hotéis e restaurantes.
Além dos desafios mencionados, é crucial considerar o peso dos tributos no custo total do empregado. Em muitos casos, o valor que o colaborador recebe efetivamente é significativamente menor do que o custo total para a empresa, devido à carga tributária.
Isso não apenas impacta a geração de empregos, mas também reduz o poder de compra do trabalhador, já que apenas uma parte do salário chega efetivamente a ele. Uma análise abrangente dos custos, incluindo tributos, é essencial para compreender o panorama completo e buscar soluções equilibradas que beneficiem tanto empregadores quanto colaboradores.
Uma nova reunião deve ser marcada para decidir o futuro desses setores empresariais, sendo importante a presença dos empresárias e representantes do setor.
Ascom - CDL Porto Seguro
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com