A bula da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer indica que o intervalo entre a primeira e a segunda doses seja feito em 21 dias. Mas, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) adotou a estratégia de 12 semanas entre as aplicações, a mesma utilizada no Reino Unido, Canadá, França e Alemanha, já Estados Unidos, Israel, Chile e Uruguai seguem a orientação da bula.
A diferença entre as recomendações gera dúvidas, entre os brasileiros, sobre as razões que levaram a essa escolha e se isso alteraria a eficácia do imunizante, considerada 95% contra a doença, segundo o fabricante.
A diretora da SBIm - Sociedade Brasileira de Imunizações, Flavia Bravo explica que o contexto em que as vacinas começaram a ser aplicadas no Brasil levou à essa determinação do Ministério da Saúde.
"A decisão não é tomada por uma pessoa, há um comitê técnico formado por especialistas que discutem até chegar a uma conclusão. Diante da escassez de vacinas que estávamos associada à situação epidemiológica brasileira e à resposta de primeira dose vigorosa das vacinas de RNA, a decisão de aumentar o intervalo foi uma escolha de saúde pública louvável porque conseguimos vacinar mais gente", explica a médica.
"Aliado à experiência de sucesso na Inglaterra e no Canadá, foi decidido adotar o mesmo esquema deles. Os dois países vacinaram rapidamente e conseguiram resultado rapidamente", acrescenta.
Fonte: R7
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com