O Fluminense é campeão da Libertadores da América. O Tricolor venceu o Boca Juniors por 2 a 1 na prorrogação hoje (4), no Maracanã, e conquistou seu primeiro troféu da maior competição do continente. Germán cano abriu o placar, Advincula empatou e John Kennedy fez o gol decisivo no tempo extra.
O Fluminense supera o pesadelo de 2008 e finalmente conquista sua primeira Libertadores. Há 15 anos, o Tricolor das Laranjeiras perdeu nos pênaltis para a LDU (EQU) no mesmo Maracanã. Agora, o Flu se consagra na prorrogação.
A decisão foi tensa, dentro e fora de campo. A partida teve poucas chances no primeiro tempo, e o gol do Fluminense foi construído ao maior estilo Dinizismo: com os pontas Keno e Arias na direita e tabelando antes de Cano finalizar com perfeição.
No segundo tempo, Marcelo vacilou na marcação e viu Advincula fazer de fora da área. O Fluminense se lançou ao ataque e perdeu grande chance com Diogo Barbosa no último lance do tempo normal.
Na prorrogação, o Flu se impôs e marcou com John Kennedy, que ficou fora do time titular e entrou no fim do tempo normal. Ele levou o segundo cartão amarelo pela comemoração e acabou expulso. Fabra agrediu Nino, levou o vermelho no final do primeiro tempo da prorrogação e facilitou a vida dos cariocas.
O técnico Fernando Diniz, antes de colocar JK em campo, segurou o rosto do atacante e profetizou: "Você vai fazer o gol do título". Ele não parou um segundo no banco e comemorou cada desarme nos minutos finais.
- Cano, autor do primeiro gol, termina a Libertadores como artilheiro isolado. O argentino "fez o L" 13 vezes na competição continental. O segundo foi Paulinho, do Atlético-MG, com sete.
- O Boca Juniors perdeu a oportunidade de igualar o Independiente como maior vencedor da história da Libertadores. O Boca segue com seis, enquanto o Rojo tem sete. O argentino não venceu nenhuma partida no tempo normal durante o torneio.
Gol e polêmica no primeiro tempo
- A final começou muito nervosa. O Fluminense com a bola e tentando encontrar espaços, mas o Boca Juniors recuado e disposto a picotar a partida o tempo todo. Já ciente da postura defensiva do rival, Fernando Diniz povoou o meio-campo e escalou o volante Martinelli na vaga do atacante John Kennedy.
O Flu assustou com Nino e Cano na bola parada, enquanto o Boca teve dois contra-ataques. No primeiro, Merentiel chutou no meio. No segundo, Cavani optou pelo passe e estragou o lance.
Aos 27 minutos, um lance polêmico. Valentini cabeceou Ganso numa disputa na área sem bola. Wilmar Roldán não viu, e o VAR não recomendou a checagem da suposta agressão.
No minuto 36, quando a partida caminhava para o empate no intervalo, a torcida do Fluminense fez o L. Keno tabelou com Arias e cruzou rasteiro para finalização perfeita de Cano. 1 a 0 para o Tricolor.
O gol teve participação direta do técnico Diniz, que pediu a todo tempo para os pontas Keno e Arias ficarem juntos na direita. Na construção, Marcelo, Martinelli, Ganso, Keno e Arias estavam no setor e Cano esperava livre na área. Povoar atletas no mesmo setor é uma característica do Dinizismo.