Chegada de frente fria e possibilidade de novas chuvas deixa autoridades em alerta; águas do Guaíba seguem a 5,26 metros, quase 2,30 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros, e devem se manter em 4 metros pelos próximos 10 dias, segundo especialistas.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou as informações sobre as vítimas das tempestades que atingiram o Estado na última semana. O número de mortos subiu para 83 e há apuração se outros quatro óbitos registrados no Estado têm ligação com a tragédia.
De acordo com o boletim da manhã desta segunda-feira (6), o Estado tem 111 desaparecidos e o número de feridos chegou a 276 pessoas. Ao todo, são 345 municípios afetados, gerando 121.957 desabrigados e 850. 422 pessoas afetadas, pelas enchentes, subidas das águas de rios, falta de eletricidade e vários outros problemas.
As chuvas pararam, mas o nível das águas do Guaíba segue quase 2,30 metros acima da cota de inundação. A verificação realizada nesta segunda apurou que Guaíba subiu 5,26 metros e o limite para inundação é de 3 metros. Segundo especialistas, o nível deve se manter em 4 metros pelos próximos 10 dias.
O boletim do Climatempo desta segunda aponta a chegada de uma nova frente fria a partir da metade da semana, com novas chuvas, deixando as autoridades em alerta. A possibilidade de aumento do frio deve dificultar os resgates.
A previsão de chuva para a partir da metade desta semana em áreas já castigadas por temporais no Rio Grande do Sul volta a deixar o estado em alerta. De acordo com a Climatempo, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os trabalhos de resgates e a situação das vítimas. As forças militares já realizam mais de 10 mil resgates.
Segundo o General Hertz Pires do Nascimento, comandante da Operação Taquari, destacou que a frota de 42 aeronaves, entre aviões e helicópteros trabalha incessantemente junto com o efetivo de 9 Estados.
“A diferença entre o que ocorre agora com o que aconteceu em setembro do ano passado, por exemplo, é que praticamente todo o Estado do Rio Grande do Sul está afetado pela tragédia e não em uma região isolada, como ocorreu em algumas ocasiões”, declarou.
Fonte: Jovem Pan
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com