
A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-Geral da República. A decisão aponta violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, cumprindo medidas cautelares relacionadas a investigações. Segundo Moraes, o monitoramento eletrônico registrou violação da tornozeleira por volta de meia-noite deste sábado.
O ministro também citou a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do ex-presidente, classificando o ato como fator que poderia prejudicar o cumprimento da prisão domiciliar e criar condições para uma fuga. A decisão menciona ainda que Bolsonaro já teria discutido a possibilidade de ir para a Embaixada da Argentina em busca de asilo, além de citar deslocamentos recentes de aliados investigados, como Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro.
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Detido por volta das 6h, o ex-presidente não resistiu. Após procedimentos iniciais, foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde ficará em uma Sala de Estado, espaço reservado para autoridades — modelo semelhante ao que foi usado pelo então ex-presidente Lula durante sua prisão em Curitiba.
A prisão preventiva não tem relação com a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A medida foi tomada exclusivamente por descumprimento das cautelares e suspeita de tentativa de fuga.
Por - Marcus Vinicius / Imprensananet.com